Computadores Pré-modernos
Na primeira
metade do século XX, várias computadores mecânicos foram desenvolvidos,
sendo que com o passar do tempo, componentes eletrônicos foram sendo
adicionados aos projetos. Em 1931, Vannevar Bush implementou um
computador com uma arquitetura binária propriamente dita, usando os bits
0 e 1. A base decimal exigia que a eletricidade assumisse 10 voltagens
diferentes, o que era muito difícil de ser controlado. Por isso, Bush
fez uso da lógica de Boole, onde somente dois níveis de voltagem já eram
suficientes.
A segunda guerra mundial foi um grande incentivo
no desenvolvimento de computadores, visto que as máquinas cada vez mais
estavam se tornando mais úteis em tarefas de desencriptação de mensagens
inimigas e criação de novas armas mais inteligentes. Entre os projetos
desenvolvidos neste período, o que mais se destacou foi o Mark I, no
ano de 1944, criado pela Universidade de Harvard (EUA), e o Colossus, em
1946, criado por Allan Turing.
Sendo uma das figuras mais importantes da computação, Allan
Turing focou sua pesquisa na descoberta de problemas formais e práticos
que poderiam ser resolvidos através de computadores. Para aqueles que
apresentavam solução, foi criada a famosa teoria da “Máquina de Turing”,
que através de um número finito de operações, resolvia problemas
computacionais de diversas ordens diferentes. A máquina de Turing foi
colocada em prática através do Computador Colosssus, citado acima.
Computação moderna
A
computação moderna pode ser definida pelo uso de computadores digitais,
que não utilizam componentes analógicos com base de seu funcionamento.
Ela pode ser dividida em várias gerações:
Primeira Geração (1946 - 1959)
A
primeira geração de computadores modernos tinha com principal
característica o uso de válvulas eletrônicas, possuindo dimensões
enormes. Eles utilizavam quilômetros de fios, chegando a atingir
temperaturas muito elevadas, o que frequentemente causava problemas de
funcionamento. Normalmente, todos os programas eram escritos
diretamente na linguagem de máquina. Existiram várias máquinas dessa
época, contudo, vamos focar no ENIAC, que foi a famosa de todas.
ENIAC
No
ano de 1946, ocorreu uma revolução no mundo da computação, como o
lançamento do computador ENIAC (Electrical Numerical Integrator and
Calculator), desenvolvido pelos cientistas norte-americanos John Eckert e
John Mauchly. Esta máquina era em torno de 1000 vezes mais rápida que
qualquer outra que existia na época.
A principal inovação nesta máquina é a computação digital, muito
superior aos projetos mecânicos-analógicos desenvolvidos até o exato
momento. Com o ENIAC, a maioria das operações eram realizadas sem a
necessidade de movimentar peças de forma manual, mas sim somente pela
entrada de dados no painel de controle. Cada operação podia ser acessada
através de configurações padrões de chaves e switches.
As
dimensões desta máquina são muito grandes, com aproximadamente 25 metros
de comprimento por 5,50 m de altura. O seu peso total era de 30
toneladas. Esse valor representa algo como um andar inteiro de um
prédio.
Segunda Geração (1959 - 1964)
Na
segunda geração, houve a substituição das válvulas eletrônicas por
transístores, o que diminiu em muito tamanho do hardware. A tecnologia
de circuitos impressos também foi criada, assim evitando que os fios e
cabos elétricos ficassem espalhados por todo lugar. É possível dividir
os computadores desta geração em duas grandes categorias:
supercomputadores e mini-computadores.
IBM 7030
O
IBM 7030, também conhecido por Strech, foi o primeiro supercomputador
lançado na segunda geração, desenvolvido pela IBM. Seu tamanho era bem
reduzido comparado com máquinas como o ENIAC, podendo ocupar somente uma
sala comum. Ele era utilzado por grandes companhias, custando em torno
de 13 milhões de dólares na época.
Esta máquina executava
cálculos na casa dos microssegundos, o que permitia até um milhão de
operações por segundo. Desta maneira, um novo patamar de velocidade foi
atingido. Comparado com os da primeira geração, os supercomputadores,
como o IBM 7030, eram mais confiáveis.
Várias linguagens foram
desenvolvidas para os computadores de segunda geração, como Fortran,
Cobol e Algol. Assim, softwares já poderiam ser criados com mais
facilidade Muitos Mainframes (modo como as máquinas dessa época são
chamadas) ainda estão em funcionamento em várias empresas no dias de
hoje, como na própria IBM.
PDP-8
PDP-8
foi um dos mini-computadores mais conhecidos da segunda geração.
Basicamente, foi uma versão mais basica do supercomputador, sendo mais
atrativo do ponto de vista financeiro (centenas de milhões de dólares).
Eram menores do que os supercomputadores, mas mesmo assim ainda
ocupavam um bom espaço no cômodo.
Terceira geração (1964 – 1970)
Os
computadores desta geração foram conhecidos pelo uso de circuitos
integrados, ou seja, permitiram que uma mesma placa armazenasse vários
circuitos que se comunicavam com hardwares distintos ao mesmo tempo.
Desta maneira, as máquinas se tornaram mais velozes, com um número maior
de funcionalidades. O preço também diminuiu consideravelmente.
Um
dos principais exemplos da Terceira geração é o IBM 360/91, lançado em
1967, sendo um grande sucesso em vendas na época. Esta máquina já
trabalhava com dispositivos de entrada e saída modernos para a época,
como discos e fitas de armazenamento, além da possibilidade de imprimir
todos os resultados em papel.
O IBM 360/91 foi um dos
primeiros a permitir programação da CPU por microcódigo, ou seja, as
operações usadas por um processador qualquer poderiam ser gravadas
através de softwares, sem a necessidade do projetar todo o circuito de
forma manual.
No final deste período, houve um preocupação com a
falta de qualidade nos desenvolvimento de softwares, visto que grande
parte das empresas estavam só focadas no hardware.
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