Nos modelos apresentados acima, os processadores ainda não eram
compostos por uma unidade central, mas por módulos interconectados entre
si. Foi só no início da década de 70 que surgiram as CPUs
desenvolvidas totalmente em circuitos integrados e em um único chip de
silício.
Geração Pré-x86
Intel 4004 foi o primeiro microprocessador da história (Fonte da imagem: Wikimedia Commons)
O Intel 4004 foi o primeiro microprocessador a ser lançado, em 1971.
Sendo desenvolvido para o uso em calculadoras, essa CPU operava com o
clock máximo de 740 KHz e podia calcular até 92 mil instruções por
segundo, ou seja, cada instrução gastava cerca de 11 microssegundos.
Com o sucesso do 4004, a Intel desenvolveu o processador 8008, em
1972. Esse era uma CPU de 8 bits, com barramento externo de 14 bits e
capaz de endereçar 16 KB de memória. Seu clock trabalhava na frequência
máxima de 0,8 MHz.
Esse modelo foi substituído, em 1974, pelo Intel 8080, que apesar de
ainda ser um processador de 8 bits, podia executar, com algumas
limitações, operações de 16 bits. O 8080 foi desenvolvido,
originalmente, para controlar mísseis guiados. Tinha clock limite de 2
MHz, um valor muito alto para a época, era capaz de realizar centenas de
milhares de operações por segundo e de endereçar até 64 KB de memória.
A família x86 de 16 bits
A arquitetura x86, lançada em meados da década de 70, ainda serve
como base para boa parte dos computadores atuais. O primeiro processador
que aproveitou todo o seu potencial foi o Intel 8086, de 1978. Pela
primeira vez, a velocidade do clock alcançava 5 MHz, utilizando
instruções reais de 16 bits. O nome "x86" veio do fato de que o nome dos
processadores que vieram depois do Intel 8086 também terminavam em
"86".
Ainda no mesmo ano, foi lançado o 8088, sucessor que possuía
barramento externo de 8 bits, porém, com registradores de 16 bits e
faixa de endereçamento de 1 MB, como no 8086. Esse foi o chip utilizado
no IBM PC original.
Microprocessador Intel 80286 de 8 MHz (Fonte da imagem: Wikimedia Commons)
Nos anos seguintes, a Intel desenvolveu os modelos 80186 e 80188,
criados para serem usados com sistemas embarcados. Em 1982, a
capacidade de processamento chegou ao patamar de 6 e 8 MHz, com o Intel
80286. Posteriormente, as empresas AMD e Harris Corporation conseguiram
romper essa barreira, chegando a 25 MHz.
Entram as CPUs de 32 bits (x86-32)
Como o nome sugere, a x86-32 é arquitetura x86 de 32 bits, utilizada
até hoje em muitos computadores. Grosso modo, podemos dizer que, com
exceção de processadores de 64 bits e aqueles de arquitetura ARM, todos os outros existentes ainda hoje são herdeiros das características dessa geração.
Os famosos 386 e 486
As CPUs 80386 e 80486, lançadas entre o meio e o fim da década de 80,
trabalhavam com clocks que iam de 33 MHz a 100 MHz, respectivamente. O
80386 permitiu que vários programas utilizassem o processador de forma
cooperativa, através do escalonamento de tarefas. Já o 80486 foi o
primeiro a usar o mecanismo de pipeline, permitindo que mais de uma instrução fossem executadas ao mesmo tempo.
Processador 486 DX, mais rápido se comparado com a versão SX (Fonte da imagem: Wikimedia Commons)
Para o 80486, existiram diversas versões, sendo que cada uma delas
possuía pequenas diferenças entre si. O 486DX, por exemplo, era o top de
linha da época e também a primeira CPU a ter coprocessador matemático.
Já o 486SX era uma versão de baixo custo do 486DX, porém, sem esse
coprocessador, o que resultava em um desempenho menor.
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